A ex-deputada federal Luci Choinacki foi eleita, no domingo, presidente estadual do PT. Nesta terça-feira (18), foi confirmada a diferença de 251 votos entre Luci e o deputado federal Cláudio Vignatti. O líder do PT na Assembléia Legislativa, deputado Padre Pedro, afirmou que o partido deu nova lição de democracia com as eleições diretas para as direções municipais, estaduais e nacional. "Luci tem condições de aglutinar o partido e de dar novo fôlego à militância petista. Ela tem garra, história, respeito e trabalhará 100% para o fortalecimento do PT, retomando as bandeiras históricas junto aos filiados", disse Padre Pedro.

Com forte ligação com os movimentos sociais e prometendo ligação direta com a militância nos municípios, Luci é uma das principais lideranças petistas e uma das figuras históricas da política catarinense.

Filha de pequenos agricultores, Luci trabalhou no campo desde muito jovem. Iniciou seu trabalho junto aos movimentos sociais na Comunidade Eclesial de Base, em 1979 e em 1980 ingressou na Pastoral da Terra. Foi, até 1986, uma das coordenadoras do Movimento das Mulheres Agricultoras do Oeste. Em 1986 foi eleita deputada estadual, depois de 40 anos sem a presença feminina no parlamento catarinense.

Participou da formulação da primeira Constituinte Estadual. Primeira mulher agricultora eleita em SC e também primeira deputada petista no Estado. Em 1989 foi eleita deputada federal e Integrou a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. A vida pessoal e as lutas de Luci Choinacki sempre tiveram forte relação com os pequenos agricultores e as mulheres do campo.

Aprovou projetos significativos, como a aposentadoria da dona de casa e lutou pela inclusão previdenciária das pescadoras e maricultoras, com o reconhecimento da profissão. Trabalhou ativamente no Movimento de Luta por Creches e por melhorias na educação infantil.

Atualmente, mesmo sem um mandato parlamentar, trabalha junto a dezenas de movimentos sociais e atua na organização de atividades ligadas aos direitos humanos em SC e em outros estados. Além dessas lutas, mantém a defesa intransigente da democracia nas relações sociais, sem esquecer que a organização do povo é a única prática capaz de libertar homens e mulheres de qualquer escravidão. Organização social, consciência do direito e prática social engajada são os três pontos fundamentais da luta por igualdade sempre defendida por Luci Choinacki.