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 Padre Pedro condena ação do exército em ocupação no Planalto Norte

Publicado em 16 de Abril de 2007

Padre Pedro condena ação do exército em ocupação no Norte

O deputado Padre Pedro condenou nesta segunda-feira a ação do Exército contra 500 famílias do MST que ocuparam, na madrugada de domingo, uma área de 10,5 mil hectares em Papanduvas, planalto Norte do Estado. A terra da União foi doada ao Exército ainda na década de 60.

No meio da tarde, o Exército começou a cercar o acampamento. Portando um arsenal de guerra, com tanques, escopetas e fuzis, os militares ordenaram de forma truculenta que as famílias desocupassem a área. O clima ficou tenso e somente às 16h iniciaram-se as negociações entre os Sem Terra e o comando do Exército.

Ficou acordado um prazo de uma hora para se pensar numa proposta. Enquanto isso, o Exército colocou em prática uma verdadeira guerra psicológica contra as famílias, realizando manobras com os tanques e ameaçando a retirada das pessoas à força. As ameaças eram feitas com a utilização de equipamentos de som e intercaladas com os hinos da Independência, da Bandeira e do Exército. As famílias, principalmente as crianças, estavam entrando em pânico com as ações. A todo momento cinco tanques circulavam o acampamento. Enquanto isso, seguiam as ameaças pelo sistema de som de um dos veículos militares.

Lideranças do Movimento iniciaram a articulação para abrir negociações com o governo Federal. O deputado Padre Pedro esteve no local e participou, junto da senadora Ideli Salvatti e da ex-deputada Luci Choinacki, das intermediações com o ministro da Defesa, Valdir Pires.

Do outro lado, o Exército intensificava as manobras. Às 23 horas lideranças do MST negociaram novamente com o Comando do Exército o fim da tortura psicológica. Após uma hora e meia de discussão, ficou acordado que o Exército encerraria as manobras e em contrapartida o MST desocuparia a área a partir da manhã de hoje.

Justiça Social

A ocupação da área dá continuidade à Jornada Nacional de Lutas. Além disso, é uma questão de justiça social com as 41 famílias de pequenos produtores que foram expulsas da região na década de 60, quando a terra foi cedida ao Exército para ser utilizada como campo de manobras militares. Até hoje essas pessoas não foram ressarcidas e vivem na periferia de cidades da região. Localizada em uma das áreas mais férteis de SC, grande parte da terra é improdutiva. Conforme denúncias feitas ao parlamentar, algumas pessoas do Exército estariam arrendando áreas para grandes produtores da soja.

A ação do MST contou com o apoio de outras organizações como Movimentos Sociais do campo e da cidade, Estudantes e Movimentos da Juventude.


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