O deputado Padre Pedro participou da marcha do Movimento dos Sem Terra (MST) entre Itajaí e Florianópolis, que iniciou no dia 17 de abril. A data foi escolhida em comemoração ao Dia Internacional da Luta Camponesa e lembrada, também, pelos dez anos do massacre de 19 trabalhadores rurais em Eldorado dos Carajás (PA).
A coordenação do MST programou uma série de ações que iniciaram com manifestações em Itajaí e reuniram cerca de 600 pessoas. O grupo realizou a primeira parada em Balneário Camboriú e no dia 18 os manifestantes partiram para a cidade de Tijucas, onde realizaram protestos contra o latifúndio e sobre a importância da reforma agrária.
A passagem do grupo por Biguaçu foi marcada pelo Dia do Índio. Participantes do MST acompanharam a manifestação de índios da região que trancaram uma estrada por 45 minutos. No dia 20, a marcha seguiu para Florianópolis e recebeu o apoio de lideranças políticas e representantes de movimentos sociais. Cerca de 800 pessoas participaram de três atos de protestos realizados em frente a bancos particulares, no centro da cidade.
Segundo o coordenador estadual do MST, Lucídio Ravanello, os protestos tiveram como pauta a reforma agrária, valorização do salário mínimo e direito ao trabalho. Padre Pedro, que apóia o movimento, destacou que o MST demonstra coragem e seriedade quando organiza e cria momentos que mostram para a sociedade a urgência da partilha da terra.
“O êxodo rural e as dificuldades vivenciadas pelo trabalhador precisam ser lembradas para que a população se mobilize”, ressaltou o deputado. Para ele, “a valorização do trabalho nasce das oportunidades geradas principalmente no campo”, concluiu.