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 ABELHA E MEL: Em defesa da apicultura, meliponicultura e preservação das abelhas

Publicado em 30 de Agosto de 2022

Padre Pedro Baldissera sabe bem da importância da apicultura, meliponicultura e preservação das abelhas, tanto para a agricultura e para a economia, quanto para o meio ambiente. Por isso apresentou na Alesc o Projeto de Lei (PL 347/2021) que cria a Política Estadual para o Desenvolvimento e a Expansão da Apicultura e Meliponicultura (Polimel) e institui o Programa Estadual de Incentivo à Apicultura e Meliponicultura (Promel) em Santa Catarina.

O projeto atenderá iniciativas dos apicultores, desenvolverá o potencial apícola e meliponícola e beneficiará a área e a economia do Estado. Além disso, visa superar os entraves ligados à falta de políticas públicas que facilitam o acesso ao crédito, a regramentos de transporte, pesquisa, sanidade e estruturação da cadeia produtiva deste mercado. O projeto também é de autoria do deputado Moacir Sopelsa (MDB).

Santa Catarina disputa a terceira posição na produção de mel com Minas Gerais, o que faz desta atividade uma importante expressão econômica. São 17 mil criadores de abelhas, sendo 9 mil apicultores e 8 mil meliponicultores, com 315 mil colmeias africanizadas, além das nativas, totalizando uma produção anual média de 6.500 toneladas. No estado, apenas seis municípios não possuem apicultores.

Segundo Padre Pedro, apesar da mobilização do setor e das importantes ações desenvolvidas pela Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (FAASC), ainda falta uma política específica para o crescimento e, principalmente, para a manutenção da cadeia alimentar e da biodiversidade das abelhas.

“Santa Catarina ocupa cada vez mais lugar de destaque com a expressiva relevância econômica da atividade desenvolvida pelos apicultores e meliponicultores. Portanto, é urgente que o Estado forneça seu apoio logístico e estratégico para aumentar a produção e a produtividade da agricultura, tendo nesta atividade um vetor de qualidade, de saúde, e de singular estratégia para a segurança alimentar”, justificou o deputado.

A importância do mel

O mel, sabemos, é um importante alimento com propriedades antimicrobianas, capaz de impedir o crescimento ou destruir microorganismos causadores de diversas doenças. Mas, muito mais que produzir mel, as abelhas são agentes essenciais para a manutenção da cadeia alimentar e da biodiversidade.

Estimou-se, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, em 2004), que aproximadamente 73% das espécies vegetais cultivadas no mundo sejam polinizadas por alguma espécie de abelha. A polinização realizada por abelhas não só permite a reprodução das plantas, mas também resulta na produção de frutos de melhor qualidade e maior número de sementes.

Dia Catarinense da Abelha

Padre Pedro Baldissera também foi o deputado que incluiu o 20 de maio no calendário oficial do estado como o Dia Catarinense da Abelha, por meio da Lei 18.214/2021. A proposta visa a reflexão e a adoção de ações governamentais, assim como da sociedade em geral, para conter o desaparecimento desse inseto tão importante para a natureza e essencial para a vida do Planeta, assim como para implementar políticas públicas comprometidas com a vida e com a saúde.

“Já temos o Dia do Mel e do Apicultor comemorado em 22 de maio. Para marcar, também em maio, a data do dia 20 como o Dia Catarinense da Abelha, chamamos ainda mais a atenção para a importância deste inseto para a vida, principalmente na região do Sul do Brasil, onde existe uma variedade muito grande de espécies e uma diversificada tipologia climática e geográfica”, justificou.

Segundo o deputado, o projeto reforça a justificava das Nações Unidas que proclamaram, no final do ano de 2017, esta mesma data, 20 de maio, como o Dia Mundial da Abelha, contando com o patrocínio de 155 estados-membros. A justificativa da resolução da ONU é aumentar a consciência sobre a importância da abelha e alertar sobre o número cada vez menor e os perigos decorrentes disso.

Futuro das abelhas

Essenciais para a sobrevivência de florestas e para a polinização de frutas e vegetais usados na alimentação humana, as abelhas estão desaparecendo. Os alertas da ONU para os riscos de escassez de alimentos por conta da mortalidade em massa de insetos polinizadores são bastante significativos. Essa matança, em grande parte é causada pelo uso indiscriminado de agrotóxicos.

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