Um quarto da população brasileira vive do trabalho no campo e é esta camada social que mais sofre com a questão fundiária. A reforma agrária não atinge somente quem trabalha com a agricultura, toda sociedade ganha quando os avanços acontecem. A luta pela distribuição de terras no Brasil esta envolvida com aspectos políticos e econômicos.

A má distribuição de renda e terras está enraizada na história do país, mas ações são praticadas para a mudança deste perfil social. A busca dos movimentos sociais em discutir estratégias voltadas para a questão fundiária avança.

A reforma agrária traduz a inclusão social e a cidadania plena, por isso avançar nas conquistas é tão importante. O Movimento dos Sem Terra (MST), neste sentido, representa a resistência e a organização, com seus 21 anos de história, luta, mobiliza e conscientiza os pobres do campo de seus direitos, buscando a justiça social.

A história do MST em Santa Catarina está ligada ao ano de 1980, com a ocupação da Fazenda Burro Branco no município de Campo Erê, na região Oeste de Santa Catarina. Mas, nesta semana, um importante ato demonstrou a força do movimento. No último domingo (12/03), cerca de 300 famílias acamparam na fazenda Maravilha, no Município de Campo Erê.

A área, que já está arrendada há 20 anos, tem demonstrações de crime ambiental através de denúncias de pulverização de venenos lançados a partir de aviões na propriedade. A expectativa da Coordenação Regional do MST é de que as 300 famílias permaneçam na terra e que a fazenda seja encaminhada para os programas da Reforma Agrária.

Acredito que é através da organização dos movimentos sociais e de iniciativas como estas que as mudanças acontecem, que novos rumos são dados no Brasil. A partir destes movimentos as injustiças sociais são transformadas e, desta forma, melhoramos os rumos do país.