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 Moeda Verde - "Parlamento tem obrigação de investigar", afirma Padre P

Publicado em 16 de Maio de 2007

O líder do PT na Assembléia Legislativa, deputado Padre Pedro, afirmou que a gravidade das denúncias apresentadas pela operação Moeda Verde, da Polícia Federal, obrigam o parlamento a uma investigação sobre os processos de licenciamento ambiental, inclusive das políticas adotadas pelo estado em relação à preservação. "Analisando com mais calma todas as denúncias, e passado o impacto inicial que sempre atrapalha qualquer avaliação, acredito que podemos suspeitar de uma grave omissão do Governo do Estado. Além da própria prefeitura municipal, é claro", disse Padre Pedro.

O parlamentar considera que a concessão de licenças mediante suborno, na Capital, acaba colocando em xeque toda política ambiental conduzida pelo Governo do Estado. Padre Pedro se baseia no fato de que, em diversos momentos, a justiça e organizações ligadas ao meio ambiente apontaram publicamente denúncias contra vários empreendimentos, sem que houvesse uma ação dos órgãos competentes.

O que o parlamentar destaca como fato grave é que a rede dos supostos envolvidos praticamente contava como certa a omissão dos governos do Estado e do Município. "As denúncias eram feitas inclusive oficialmente, na Assembléia, na Câmara de Vereadores e também às direções dos órgãos ambientais", observou.

"Declaração de Governador é inoportuna"

O parlamentar ainda disse ser "inoportuna" e míope a declaração do governador Luiz Henrique da Silveira, que classificou a operação da PF como uma "pirotecnia federal". Segundo Padre Pedro, as evidências de favorecimento em diversos processos não permitem que a questão seja reduzida a um mero espetáculo. "São danos ambientais por vezes irreversíveis que tiveram a assinatura de um órgão técnico e que está subordinado ao Governo do Estado", disse.

O deputado também criticou o fato do governador comparar a operação Moeda Verde ao clima de terror da ditadura, de que ele diz ter sido vitima, bem como a declaração de outro membro do seu governo, que chamou a ação de "fuzilamento moral", fazendo referência ao massacre de rebeldes, comandado por Floriano Peixoto em 1894.

"Hoje vivemos numa democracia e, ao contrário que ocorria na ditadura, os crimes ambientais acontecem e todos ficam sabendo. Diante disso, já que fala em julgamento prévio, o governador deveria se esforçar para esclarecer e deixar de prejulgar, aguardando as investigações da PF e colaborando com informações", complementou.


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