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 Padre Pedro pede envolvimento de homens na luta pelo fim da violência contra a mulher

Publicado em 08 de Dezembro de 2017

O deputado Padre Pedro Baldissera, que preside a Frente dos Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher, destacou na tribuna da Assembleia Legislativa, a passagem do Dia Nacional e Estadual de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher, em 6 de dezembro. O parlamentar lembrou o protagonismo das mulheres na luta contra a violência, por direitos e por igualdade, e convocou os homens a se envolverem nas ações e debates envolvendo o tema.

A Lei 16.488, de 25 de novembro de 2014, que criou a data em Santa Catarina, foi aprovada a partir de um projeto apresentado por Padre Pedro em fevereiro daquele ano, e que estabelece este dia para intensificar a mobilização dos homens pelo fim da violência contra a mulher em SC. “Nosso Estado, que tanto se orgulha de índices de desenvolvimento maiores que o restante do País, tem cinco municípios entre os 100 com mais casos de violência contra a mulher. Neste estado de pessoas politizadas, com nível educacional que vai além do País, a cada 46 minutos uma mulher é vítima de agressão”, afirmou o parlamentar.

Três mulheres são vitimas de estupro por dia em SC. De 2015 para 2016, último dado disponível, o crime teve um aumento de 15% no número de casos. “É uma contradição que nós, homens, precisamos analisar com cuidado. Porque nosso Estado, que está nas primeiras posições em educação e desenvolvimento, ainda mata tantas meninas e mulheres”, questionou o parlamentar. “Nós, homens, além de responsáveis por estas violências, erramos ainda quando não nos envolvemos nesta luta, quando nos omitimos”, complementou Padre Pedro.

No final de 2013, quando iniciou o trabalho na Frente dos Homens pelo Fim da Violência, o grupo realizou um levantamento dos casos que resultaram em graves violências contra mulheres, nas regiões Oeste e Extremo Oeste. “Foi assustador observar que mais de 70% das vítimas somente alcançaram o aparelho de segurança do Estado, ou o judiciário, depois de um longo histórico de agressões. Em alguns casos, infelizmente, estas mulheres tiveram a atenção do Estado quando já estavam mortas”, disse.

A Frente dos Homens pelo Fim da Violência definiu como pauta principal o debate dentro das escolas, diretamente com as crianças, adolescentes e jovens. Recentemente, foram iniciados diálogos com a UFSC, movimentos e entidades, para um trabalho coletivo e planejado de ação voltado a estudantes, que será intensificado em 2018.

“Mas para além disso, precisamos nos mobilizar em apoio aos movimentos de mulheres, ao questionamento quanto à ausência de articulação no fortalecimento das redes de atendimento às vítimas. Precisamos cobrar as garantias da aplicação da Lei Maria da Penha em sua totalidade, desde o registro dos casos até seu encaminhamento, com a proteção daquelas mulheres que têm suas vidas ameaçadas”, defendeu o parlamentar que ainda destacou a falta, no Estado, de um programa de qualificação de profissionais para o primeiro contato com a vítima no momento da denúncia.


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