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O deputado Padre Pedro Baldissera questionou, na quarta-feira (16), a invasão da PF ao campus do Instituto Federal Catarinense (IFC) de Abelardo Luz, e o afastamento dos servidores Ricardo Velho e Maicon Fontanive. Com o argumento de interferência de movimentos sociais na gestão da Escola Técnica, conforme o parlamentar, mais uma vez vê-se criminalização e repressão à diversidade de pensamento.
O campus, que está localizado no Assentamento José Maria, é resultado direto da luta do MST, de assentados e assentadas, de agricultores e agriculturas camponeses e familiares. “Sem esta luta o IFC Abelardo Luz, espaço de excelência na educação do campo, sequer existiria.
Certamente o caminho para a democracia não passa pela perseguição a quem busca, de forma sustentável e defendendo a vida, construir educação do campo para todos e todas”, afirmou Padre Pedro.
Uma campanha em defesa do IFC e dos servidores Ricardo Velho e Maicon Fontanive já está na internet (acesse o link https://goo.gl/uywh4J).
O pedido de intervenção foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), e deferido pela 1ª Vara Federal de Chapecó para busca e apreensão de equipamentos eletrônicos (celulares e computadores) dos professores.
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou um seminário no campus em maio, após pedido do deputado federal Pedro Uczai. O debate envolveu práticas e experiências pedagógicas da instituição no Campus. Conforme relatos de alunos e professores da instituição, reunidos pela assessoria de Uczai, a escola já vinha “sofrendo pressões” de pessoas com interesses individuais e preconceito e que defendem a transferência do Campus do IFC do Assentamento José Maria para o perímetro urbano do município de Abelardo Luz.
Entre as atividades desenvolvidas no campus, há um curso de Técnico em Agropecuária, pós-graduação em Educação, pós-graduação em Educação do Campo e cursos de qualificação profissional na área da agricultura familiar, plantas medicinais e educação do campo. “É um ensino voltado para a realidade da agricultura familiar e camponesa, e que valoriza a vida não só de quem produz, mas de quem consome os alimentos”, defendeu Padre Pedro.