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 “Falta de saneamento ameaça recursos hídricos de SC”, alerta especialista

Publicado em 24 de Novembro de 2016

O Plenário da Assembleia Legislativa recebeu, na manhã de quinta-feira (24), o professor Márcio Claudio Cardoso da Silva, Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da UFSC.

Com atuação nos Grupos de Pesquisa do Laboratório de Potabilização de Águas (LAPOÁ-UFSC) e no Grupo Transdisciplinar de Governança da Água e do Território – GTHidro, o pesquisador foi convidado pelo deputado Padre Pedro Baldissera (PT) para uma manifestação sobre a situação dos recursos hídricos no Estado. A data escolhida é o Dia do Rio (Lei 13.748/2006), transformado em Lei a partir de um projeto apresentado pelo parlamentar, que também preside o Fórum para Preservação do Aquífero Guarani e das Águas Superficiais.

Em uma intervenção dirigida aos parlamentares, Cardoso apresentou um mapa dos rios do Estado e alertou para a degradação de grande parte das bacias hidrográficas no Brasil, inclusive em Santa Catarina. Dados apresentados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente apontam que apenas 15% das amostras colhidas em seis estados – entre eles Santa Catarina – alcançaram uma boa avaliação de qualidade, índice considerado alarmante. Foram 320 coletas em diversas bacias hidrográficas.

“Falta mata ciliar, que prejudica a qualidade da água e provoca o assoreamento. Os principais rios do estado, como o Uruguai, Chapecó, Peixe, Araranguá e Cubatão, que abastecem grande parte da população catarinense, estão com volume de água menor”, afirma o pesquisador.

Na avaliação de Cardoso, a ampliação dos investimentos em saneamento e o fortalecimento dos 18 comitês de bacias hidrográficas – que planejam de forma coletiva polícias para a preservação dos recursos hídricos – podem garantir avanços significativos "Nossa legislação é referência para muitos países. A água é vista como um bem comum. Neste sentido, os comitês de bacias podem ser um caminho em que pesquisadores e comunidades podem buscar informações sobre rios em sua região e trabalhar juntos", disse.

O deputado Padre Pedro destacou que o objetivo do Dia do Rio é conscientizar para a preservação dos mananciais e alertar os governos para a importância da criação de políticas públicas de caráter socioambiental. “Não compete só ao poder público, mas toda sociedade. Consideramos normal gastar trilhões para buscar petróleo, no entanto, o investimento na água, que nos garante a vida, não chega a 1% disso. Por isso buscamos agora sensibilizar este parlamento, e continuar o trabalho nas escolas, universidades e comunidades”, explicou Padre Pedro.

Currículo

O professor Márcio Claudio Cardoso da Silva é Mestre em Hidrologia pelo Centro de Estudos e Experimentação de Obras Públicas, em Madrid, na Espanha, e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da UFSC. Também é Membro dos Grupos de Pesquisas do Laboratório de Potabilizaçao de Águas - LAPOÁ (UFSC) e do Grupo Transdisciplinar de Governança da Água e do Território - GTHidro. Atua em Governança, Gestão e Planejamento em Bacias Hidrográficas, História Ambiental, Educação Ambiental, Gerenciamento e Planejamento dos Recursos Hídricos e Planos Estratégicos para Comitês de Bacias Hidrográficas.

Dia do Rio

O projeto para criação do Dia do Rio foi apresentado pelo deputado Padre Pedro em 2005, aprovado em 2006 e transformado na Lei 13.748. A data foi incluída no calendário oficial do Estado com o objetivo de lembrar a importância da água para a humanidade, e realizar ações especialmente dirigidas a crianças e adolescentes, que multiplicam as informações sobre preservação com a família e a comunidade.

Em apenas um dia de atividades, no ano de 2012, por exemplo, foram reunidos mais de 1 mil alunos no município de Água Doce. Em outras regiões as escolas realizam atividades conjuntas, como aconteceu em Campo Erê, quando todo município se mobilizou para formular a Carta de Campo Erê, um documento que aponta objetivos claros de preservação para a região.

Neste ano, a ideia de realizar a ação em Florianópolis surgiu depois dos sérios problemas causados pela poluição dos rios na Capital. O caso mais emblemático, do Rio do Braz, em Canasvieiras, atingiu todo Norte da Ilha e marcou a temporada de verão em Florianópolis, com repercussão internacional. Depois de um período de chuva a água do rio ultrapassou a faixa de areia e atingiu a praia, tornando a região imprópria para banho.

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