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 Clima: Radar é um passo, mas é preciso investir em pesquisas

Publicado em 11 de Outubro de 2016

O deputado Padre Pedro Baldissera destacou, na tarde desta terça-feira (11), a assinatura da ordem de serviço para construção da torre que abrigará o radar meteorológico do Oeste, em Chapecó. O equipamento, que já está em construção na Alemanhã, ampliará significativamente a capacidade de antecipação de eventos climáticos na região.

O parlamentar, contudo, destaca a necessidade de ampliar os investimentos em pesquisas. Em abril de 2015, depois de mais um tornado atingir a região Oeste de Santa Catarina, Padre Pedro solicitou oficialmente (MOC 43/2015) ao Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a ampliação dos investimentos em pesquisas e convênios dirigidos à previsão de eventos climáticos extremos, como tornados.

O diretor do Inmet, Antônio Divino Moura, respondeu ao deputado (ofício 151/2015) afirmando que o órgão, por meio do MAPA, solicitará ao Ministério de Ciência e Tecnologia recursos para estabelecer novas linhas de pesquisa em agrometeorologia, previsão de tempo e previsão e monitoramento de eventos severos, em especial no Estado. “Nossa região é a segunda no mundo em probabilidade de ocorrência de tornados e além de articularmos o atendimento pós evento, precisamos ampliar o tempo para avisar comunidades”, explica Padre Pedro.

Segundo o parlamentar, desde 1984 foram registradas 50 ocorrências de tornado em Santa Catarina, com destaque para o caso de Guaraciaba, em 7 de setembro de 2009, e o último em Xanxerê e Passos Maia, no dia 20 de abril deste ano. “Os radares meteorológicos são importantes na previsão de tempestades e outros fenômenos similares, mas a previsão de tornados é complexa e mesmo com alta tecnologia é possível apenas pouco tempo de antecedência. Investir em pesquisa nos garante que alcancemos mais tempo, menos custos e mais vidas preservadas”, destaca o deputado.

Um longo caminho

O Inmet explica que a Organização Meteorológica Mundial (OMM) estabelece seu plano operacional e de pesquisas há cada quatro anos. O plano busca promover e motivar os Estados que integram a Organização a investir em pesquisas científicas sobre tempo e clima, além dos serviços meteorológicos. “Vamos solicitar ao Ministério de Ciência e Tecnologia que priorize em seu Plano Pluri-Anual recursos para estas pesquisas”, observa Moura.

Moura lembra que a Epagri /Ciram tem se destacado em várias áreas do desenvolvimento do conhecimento agroclimatológico, e que o Inmet, em conjunto com a entidade, mantém intercâmio de informações para subsidiar sistemas de previsão nos dois órgãos. São 21 estações de coleta automática de dados e transmissão de forma aberta aos usuários, em tempo real. Além disso, outras seis estações convencionais funcionam no Estado.

No documento enviado ao deputado Padre Pedro, Moura observa que “eventos como tornados são de difícil previsão” e que mesmo nos Estados Unidos, que conta com uma densa rede de radares Doppler, satélites meteorológicos e sistemas de comunicação, somente são possíveis alertas de no máximo poucas horas de antecedência.

“Se conseguirmos recursos para parcerias e novas pesquisas aqui, a médio prazo será possível garantir resposta mais rápida. E junto disso, claro, um sistema que articule defesas civis, polícias e outros órgãos de apoio”, complementa Padre Pedro.


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